Roma, centro do cristianismo, é, sem sombra de dúvida, lugar mítico de culto e de visita. Ali morreram centenas de mártires, que deram o seu sangue pela sua Fé; ali foram reconhecidos muitos santos e enaltecidas as suas virtudes.
Fomos visitar Roma várias vezes com as alunas. Inebriarmo-nos de cultura e de mística, sentir a oração e a vida de outra maneira. Geralmente era também o ponto de partida para visita a outras cidades italianas.
Uma vez, numa das tardes culturais, depois da visita à Trinita dei Monti, deixámos as alunas livres por um bocado, para compras de ocasião. Nós, os adultos, resolvemos ir lanchar ao mais elegante salão de chá da zona- Caffe el Greco.
Estava cheio. Quando nos preparávamos para desistir, um empregado simpático apontou-nos uma mesa acabada de vagar. Mas... em viagem há sempre aventuras que servem para diversão. Aqui, enquanto nos dirigíamos para a mesa, um grupo de chinesas ( ou japonesas, não sei, só me lembro dos olhos em bico) saltou da mesa em que estavam e foi ocupar o lugar a nós destinado. Coitadas! pois elas estavam numa mesa com um jarrão ao meio e tinham que torcer o pescoço para falar... Mas o prof. João Carlos não se compadeceu. Com a sua fleuma e no seu "melhor italiano" dirigiu-se-lhes : reservato per noi. Elas não perceberam nada mas com a velocidade com que tinham vindo se retiraram. E nós ficámos rindo sob o olhar malicioso dum senhor que, numa mesa próxima, observava a cena fingindo que lia o jornal.
Depois de Roma seguimos para Veneza.
Lá, como era 2ª feira , tivemos oportunidade de desfrutar das maravilhas do Carnaval Veneziano. Todo o dia gente mascarada , mas lindamente mascarada, passeando pelas ruas e praças. As festas, propriamente ditas, seriam realizadas à noite, em privado. De tarde, também em salões escolhidos, eram as festas das crianças.
O outro ponto de paragem na nossa viagem foi Florença que nos brindou com a sua maravilhosa paisagem e onde pudemos apreciar os frescos de Fra Angelico, no convento dominicano de S. Marcos.
Dali, Siena e as memórias de Santa Catarina, nossa padroeira e Bolonha, onde nos ajoelhámos aos pés de S. Domingos, no seu túmulo, pedindo-lhe que intercedesse por nós e apresentasse os nossos sonhos e aspirações junto do Pai.
Mas não nos tínhamos esquecido de, antes , ir a Pádua, para visitarmos o nosso Santo António que os italianos apregoam como seu.
Que maravilha de viagem!...
Foi cultura, foi divertimento mas também tempo de reflexão e oração. E a certeza de que Deus está presente mesmo quando contemplamos belezas saídas das mãos dos homens.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, o.p.
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