segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Fazer o bem cansa?

Vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem"
É uma recomendação de S. Paulo aos Tessalonicenses mas esta recomendação é também dirigida a cada um de nós : não nos cansemos de fazer o bem.
E era talvez razão para nos perguntarmos : mas fazer o bem cansa?
Em sentido restrito não parece ser uma actividade cansativa mas então, porque deixamos de o fazer? Deixamos de ouvir o amigo que precisa de nós; passamos ao lado do desconhecido que procura uma indicação; esquecemos o vizinho que necessita apoio material ou simplesmente consolação; ignoramos o colega de trabalho que implora uma ajuda; estamos ausentes da família que conta com a nossa ajuda... Não estamos disponíveis ! E porquê? Estamos cansados de fazer o bem? Ou ignoramos a frase do Evangelho que diz que Jesus passou pelo mundo fazendo o bem? Não. Nem uma coisa nem outra. Simplesmente, não ouvimos uma palavra de agradecimento, um sorriso de compreensão, um incentivo de esperança. E achamos que temos direito a essa compensação, direito a que as nossas acções beneméritas sejam reconhecidas, valorizadas e agradecidas.
E esquecemos aquele conselho Bíblico : " Que não saiba a tua mão direita o que faz a esquerda" .
E isto não se refere apenas à esmola.Num sentido mais universal, diz respeito a todo o bem que se pratica.
Não estejamos à espera de recompensa imediata; não nos cansemos de, como Santa Isabel, distribuir rosas que são pães. Não nos cansemos de fazer o bem e, como diria a nossa Fundadora, façamos o bem em silêncio.
Todos aqueles que nos rodeiam esperam o nosso testemunho de Amor, de disponibilidade, de partilha. 
Esperam de nós o dom sem retorno, a oferta que não espera recompensa.
Esperam o nosso carinho, a nossa compreensão, a nossa palavra amiga.
Esperam o nosso Amor, à semelhança do Amor de Deus, que se deu sem medida.
             Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

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