" Que maravilha que seja suficiente amar para ser melhor"
Acabei de reler esta frase de Marie-Alain Couturier e parei para reflectir sobre o Amor, sua definição, objectividade ,grandeza...

Jesus Cristo foi quem concretizou esta dádiva do Pai, tendo-se oferecido e aceite desde toda a eternidade. Não se tornou melhor porque Ele era o Bem, mas a nossa correspondência a este amor terna-nos certamente melhores, porque nos faz generosos, humildes, disponíveis.
Qualquer que seja a expressão do Amor- conjugal, paterno-filial ou de amizade - pressupõe a disponibilidade, a entrega, a partilha. Pressupõe sairmos de nós mesmos para irmos ao encontro do outro, para entrar na sua alegria ou partilhar da sua dor, para sorrir com ele ou secar as suas lágrimas, para escutar as suas vitórias ou conhecer as suas derrotas.
Nas grandes alegrias, como nos momentos de dor, Jesus apreciou a presença dos Amigos e de Sua mãe. Aliás, no Jardim das Oliveiras, não quis calar uma certa desilusão:" Não pudestes velar uma hora comigo..."
A amizade, forma mais transcendente do amor, se assim se pode dizer, pressupõe uma acção de inter-ajuda, de saída de nós para ir ao encontro do amigo, daquele que conta connosco, com a nossa partilha, com o nosso silêncio.
É a disponibilidade para estar presente, para ouvir, pelo menos... se não para responder, dar o conselho certo, na hora adequada.

E é essa que devemos pretender para nós e para aqueles que temos como amigos, porque é esse Amor que nos vai fazer melhores.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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