quinta-feira, 19 de julho de 2012

O sol quando nasce é para todos

O sol quando nasce é para todos.
Realmente! Se há coisa que não faz acessão de pessoas é o sol. Ele nasce todos os dias, mais luminoso ou mais opaco, mas sempre para transmitir luz e calor... a todos e a cada um.
É ele que aciona o crescimento das plantas, dá alegria aos que choram, faz nascer a esperança aos que a não têm.
O sol modifica a paisagem, altera a disposição das pessoas, torna diferentes até os animais.
Ninguém pode apagar o sol a seu belo prazer ou limitá-lo a um grupo escolhido ou a um espaço reservado.
O sol não é património particular de ninguém . Surge de manhã no horizonte e todos nós o podemos acolher , alegremente, se estivermos dispostos a isso. 
Não podemos apagá-lo quando estamos tristes ou nos sentimos infelizes. Às vezes, bem o desejávamos...
Também não o podemos fazer surgir só porque estamos felizes e nos apetece que o tempo acompanhe a nossa alegria.
O sol não é egoista.
Quando nasce é para todos.
E ao dizermos isto, devemos pensar em igualdade, em partilha, em fraternidade. Faz-nos ter presente que ninguém é maior do que o outro, nem merece mais do que ele, só porque sim.
A igualdade do sol perante os homens, recorda-nos que todos somos iguais, irmãos, aos olhos de Deus, que a colaboração e a fraternidade são exigências de vida, sobretudo para os cristãos.
Não deixemos que a injustiça apague o sol nos olhos daqueles que se cruzam connosco e não tiveram as mesmas oportunidades.
Não façamos, com  a nossa atitude, egoista e indiferente, que o sol esmoreça no coração daqueles que esperavam de nós, pelo menos,  uma palavra, um sorriso, um olhar.
Lembremos os dois apóstolos, face ao paralítico : " Não temos ouro nem prata, mas o que temos vamos dar-te: levanta-te e anda!"
É o que os outros esperam de nós. Lembremo-nos que o importante não é dar mas dar-se.

                           Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, o.p.

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