Quando um jovem diante de mim diz: confessar, hum!... e engelha o nariz, puxo dos meus "galões de catequista" e replico: Tu não sabes o que é a Confissão! E lá vem a definição do catecismo, mais ou menos engrandecida por comentários a propósito: "sinal eficaz da Graça, instituído por Jesus, para nos santificar".
Como queremos ser santos, como pensamos poder seguir Jesus, se não nos revestimos com estes sinais da Graça que, ainda por cima, são eficazes?
Penso que há uma deformação de base, que faz as pessoas julgar que ir-se confessar é só e apenas dizer uma ladainha de pequenas ou grandes coisas que incomodam o coração e a vida. E, quanto maiores são as "coisas" mais dificuldade há em as dizer. Não sei porquê mas entendo...
Esquecemo-nos, completamente, do lado mais importante da questão: a Graça, o dom que o sacramento nos confere, que o Sacerdote nos oferece da parte de Deus.
Não nos lembramos da sua eficácia, não tornamos presente a certeza de que sem ela nunca conseguimos chegar à santidade.
É que não somos santos só porque queremos mas porque lutamos para fazer a nossa caminhada ao encontro de Jesus e para isso... é indispensável a Sua Graça.
E não é verdade que quando nos confessamos nos sentimos aliviados e com uma alma nova ?
Acho que os que duvidam deviam experimentar. Veriam que as inquietações, as dúvidas, as dores, seriam vistas com uma luz nova,
diferente; uma nova alvorada de Esperança encheria as suas vidas.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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