São várias as passagens em que o Evangelho nos transmite esta certeza: Jesus bate à porta e não O recebem...
Jesus bateu, antes de nascer e "não havia lugar para Ele na hospedaria".
Arranjaram-lhe um espaço simples, humilde, pobre, embora real. Não O acolheram.
Jesus bateu ao coração do "jovem rico". Falhou-lhe, olhou-o com amor...
Mas ele não o quis seguir.
Jesus foi até Nazaré bater à porta dos amigos, da família, daqueles com quem tinha vivido. E eles espantaram-se com o que Ele fazia ... nem queriam acreditar...
Jesus bateu à alma e à compreensão de Pedro e ele negou-O.
Jesus sofreu o desconforto de ser rejeitado, incompreendido, abandonado. Mas continua a bater. E também bate à nossa porta. E insiste!...
E nós, como reagimos quando ele bate ao nosso coração? Como respondemos às Suas solicitações de Amor? Como fazemos quando Ele nos mostra o caminho e nos aconselha: Vem por aqui?
Jesus não é dominador, exigente ou possessivo. Ele apenas sugere, aconselha, convida.
Mas nós andamos tantas vezes ocupados com mil coisas, tantas vezes absorvidos pelos enredos da vida, tantas vezes tão cheios de tudo, que não conseguimos esvaziar o nosso coração e o nosso pensamento para ouvir Deus.
A vida, a família, o trabalho, as dificuldades, o prazer, preenchem-nos. Não temos tempo nem disponibilidade para os outros e, menos ainda, para Deus.
Quantas vezes um amigo, necessitado de compreensão e de apoio nos procurou e nós não tivemos tempo para ele?!...
Quantas vezes sentimos necessidade de parar e, embrenhados no turbilhão que nos avassala, nem conseguimos fazê-lo?!...
Mudemos! modifiquemos a nossa vida e paremos para escutar... a alegria, os sons da Vida, a Palavra, que é Deus.
Não deixemos que Jesus nos bata à porta e nós não demos por isso...
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, o.p.
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