quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Encontros e desencontros

Estive a reler o Evangelho de S. Lucas, cap. XV, em que se encontra a parábola da ovelha perdida. Lembrei-me, então duma homilia em que o sacerdote falou da preocupação do pastor com o desaparecimento da ovelha, não por ser menos uma, mas por ela se ter perdido. Salientou a ansiedade com que ele a procurou e a alegria demonstrada quando a encontrou..
Depois, o sacerdote referiu-se a nós, chamando a atenção para a nossa atitude que muitas vezes nos leva também a perdermo-nos. Na altura não pensei nada de especial mas agora, ao reler o Evangelho, o assunto não me passou tão ao lado, recordei casos concretos e reflecti que muitas vezes nos perdemos voluntariamente porque seguimos caminhos que, à partida, sabemos conduzirem-nos a metas indesejáveis. Outras vezes, perdemo-nos porque somos inconscientes e não olhamos para os sinais que nos indicam o percurso a fazer. Outras ainda, perdemo-nos porque escolhemos o caminho errado, julgando ser o melhor, o mais adequado.
Perdemo-nos!
Mas Deus não nos perde porque nos continua procurando, embora sem nos forçar. Chama-nos com carinho, com interesse, sem nunca se cansar. E espera... que O queiramos ouvir.
Se escutamos o Seu apelo, retrocedemos e vamos ao seu encontro, com que alegria nos acolhe!...
Tal e qual como o pastor que agarrou ao colo na ovelha perdida e se foi congratular com vizinhos e amigos por a ter encontrado; do mesmo modo que o pai do filho pródigo, quando o avistou ao longe, mandou fazer uma festa porque "ele estava morto e reviveu, estava perdido e encontrou-se".
Este Advento deve ser, para cada um, caminho de reencontro.
                                 Ir. Maria Teresa sde Carvalho Ribeiro, O.P.

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