Novembro é um mês um pouco inquietante: é um mês que nos interpela e ao mesmo tempo nos traz mensagens e faz apelo à nossa inteligência e ao nosso querer.
Inicia-se com duas celebrações que ambas nos interpelam porque foram e são apelos, quer no mundo dos homens em geral, quer entre os cristãos, em particular: no dia 1, a Festa de Todos os Santos, todos aqueles a quem Deus disse Vem!... e corresponderam plenamente ao Seu apelo; no dia 2, a celebração dos Fiéis Defuntos, aqueles a quem o Senhor chamou desta vida para que, com Ele, estivessem no Reino dos Céus.
Em ambos os casos o mesmo apelo à santidade pois só os santos entram no Reino dos Céus. Aliás à santidade todos somos chamados pois foi para todos nós a palavra de Jesus: "Sede Santos como o vosso Pai é Santo".
Santo, expressão hebraica que significa "separado", representa para os cristãos muito mais do que isso, porque cristão é aquele que pertence à família de Deus que é Santo por excelência.
A correspondência ao pedido de Jesus, dirigido a todos os homens, pressupõe um trabalho diário e continuado de opções entre os nossos gostos e desejos e a vontade do Pai.
Mas, não é preciso ser "extraordinário" para ser santo. Não é necessário sofrer o martírio, fazer sacrifícios exagerados, jejuar até à exaustão ou abdicar de todos os nossos gostos e alegrias. Não!... É antes, muito simplesmente, viver alegremente segundo o Evangelho, praticando a justiça e testemunhando a verdade. Aliás, é Santa Teresa que diz : " Para ser santo basta amar muito!"
No dia 1 festejámos todos aqueles que, como tu e eu, viveram uma vida simples, desprovida de registos mediáticos, contornos de espavento ou notícias extraordinárias.
Celebramos aqueles que, como tu e eu, procuraram "passar discretamente pelo mundo fazendo o Bem" e dando testemunho do amor do Pai.
Juntemo-nos a eles, aqui e agora, levando a Fé onde há dúvidas, a Esperança onde há desespero e o Amor onde impera o ódio.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro. O.P.
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