
Aprendi que os polacos nunca baixaram os braços, apesar de sempre terem sofrido com os seus vizinhos. Ultimamente, foram primeiro os nazis, que durante seis anos cometeram as maiores atrocidades. Foi tempo de terror. Depois, foi o domínio soviético, diferente mas igualmente impositivo e maléfico.
Não havia amigos nem colegas, porque não se sabia quem denunciava quem, mas havia Fé e Esperança. Nunca a perderam, nunca se fecharam Igrejas, nunca deixou de haver Missa.
Ser padre ou freira era um risco, mas sempre houve quem arriscasse... Era um risco Baptizar filhos ou fazer a Primeira Comunhão mas nunca deixou de haver Baptismos ou primeiras Comunhões...
Nesta viagem, dois momentos altos: um de terror, com câmaras de gás, fornos crematórios, celas do castigo, milhares de mortos!...- Auschwitz.
São cenas e momentos que têm que ficar na memória de todos nós e dos que nos sucedem para que jamais se volte a cair em tamanha degradação e num tão grande atentado à dignidade humana.

O Santuário da Virgem é um grande centro de peregrinação nacional e internacional.
Também me chocou, pela positiva, o carinho que os polacos sentem pelo seu Cardeal Wojtyla, o "seu " papa João Paulo II. É indescritível! Falam dele, da sua infância e juventude, dos seus trabalhos, do seu talento... Apoiam-se nele e acreditam na sua protecção.
Os polacos são mulheres e homens de Fé mas não são "beatos". Talvez um pouco convencionais mas não facciosos ou intransigentes.
Esta viagem foi realmente um banho de convicções, de alegrias e de sofrimento. Outros a deviam fazer. De lá vimos senão melhores, pelo menos diferentes.
Que o povo polaco continue fiel aos dons recebidos e à Graça que os anima e acompanha.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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