terça-feira, 13 de novembro de 2012

Polónia, experiência de Fé e de Esperança

Cheguei ontem da Polónia onde estive em visita. Foi , para mim, uma lição de Fé, de Coragem e de Esperança e, ao mesmo tempo uma experiência imensa de colaboração, solidariedade e acolhimento. Por um lado, pelo que aprendi do país e do seu povo; por outro, pelo ambiente criado pelo grupo em que me integrei, pelas representantes da Geostar e pela guia,que me ajudaram a viver momentos únicos.
Aprendi que os polacos nunca baixaram os braços, apesar de sempre terem sofrido com os seus vizinhos. Ultimamente, foram primeiro os nazis, que durante seis anos cometeram as maiores atrocidades. Foi tempo de terror. Depois, foi o domínio soviético, diferente mas igualmente impositivo e maléfico.
Não havia amigos nem colegas, porque não se sabia quem denunciava quem, mas havia Fé e Esperança. Nunca a perderam, nunca se fecharam Igrejas, nunca deixou de haver Missa.
Ser padre  ou freira era um risco, mas sempre houve quem arriscasse... Era um risco Baptizar filhos ou fazer a Primeira Comunhão mas nunca deixou de haver Baptismos ou primeiras Comunhões...
Nesta viagem, dois momentos altos: um de terror, com câmaras de gás, fornos crematórios, celas do castigo, milhares de mortos!...- Auschwitz.
São cenas e momentos que têm que ficar na memória de todos nós e dos que nos sucedem para que jamais se volte a cair em tamanha degradação e num tão grande atentado à dignidade humana.
Outro momento alto, este de interioridade, de elevação, de Fé - o encontro com a Virgem Negra de Czestochowa, em quem os polacos depositam a sua confiança, a sua Fé, a quem pedem milagres, a quem agradecem dons.
O Santuário da Virgem é um grande centro de peregrinação nacional e internacional.
Também me chocou, pela positiva, o carinho que os polacos sentem pelo seu Cardeal Wojtyla, o "seu " papa João Paulo II. É indescritível! Falam dele, da sua infância e juventude, dos seus trabalhos, do seu talento... Apoiam-se nele e acreditam na sua protecção.
Os polacos são mulheres e homens de Fé mas não são "beatos". Talvez um pouco convencionais mas não facciosos ou intransigentes.
Esta viagem foi realmente  um banho de convicções, de alegrias e de sofrimento. Outros a deviam fazer. De lá vimos senão melhores, pelo menos diferentes.
Que o povo polaco continue fiel aos dons recebidos e à Graça que os anima e acompanha.
                                              Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
 
 

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