quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Quem quer vai; quem não quer, manda"

É um ditado popular, mas como toda a voz do povo, tem uma grande dose de sabedoria.
Chama-nos a atenção para a necessidade de nos empenharmos num trabalho, numa tarefa, num projecto, se queremos atingir os nossos objectivos.
Realmente, se estamos interessados em alguma coisa, será lógico esperar que outros a façam por nós?
Será razoável encarregar os outros da missão que nos diz respeito?
Para mim, não é!...
Deixar para outros aquilo que nos interessa  ou nos compete não é solução; não é sequer justo.
Acabamos mesmo por constatar, muitas vezes, que não era assim que queríamos o trabalho feito, que o resultado não foi o que esperávamos ou, pior ainda, que a tarefa não foi cumprida. E depois, que obrigação têm os outros, por muito amigos que sejam, de fazer aquilo que nos diz respeito?  E, porque deixámos correr, sem nos preocuparmos, confiantes no entusiasmo e interesse dos que nos rodeiam? Alguém tem obrigação de fazer o que nos compete?
É uma pretensão que não temos o direito de ter...
Não será uma forma de preguiça, de comodismo?!...
Porque nos havemos de admirar que os outros não tivesem feito o que só a nós dizia respeito, se nós próprios não nos empenhámos na sua concretização?
Queres conseguir alguma coisa? Então, mete pés ao caminho, "põe as mãos na massa" e segue em frente confiante. "Querer é poder". Se não queres, então podes delegar, esquecer-te, confiar que alguém vai  fazer o teu trabalho...
Claro que isto não quer dizer que não peçamos ajuda, colaboração, apoio àqueles que nos rodeiam... Não! A partilha e a colaboração são deveres que se nos impõem e temos à nossa disposição. Mas, colaborar, partilhar não é pôr os outros à nossa disposição para realizar o que nos compete.
                               Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
 
 

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