O mesmo faz connosco: no fundo do nosso coração, a mesma frase, o mesmo convite para O seguirmos.
E parece tão simples... Os Apóstolos, deixaram tudo e seguiram-no, sem saber para quê nem para onde; os Santos, não olharam para trás e tentaram corresponder ao que Ele lhes pedia; os pecadores... arrependeram-se e seguiram Jesus modificando a vida...
E nós?... Como ouvimos o apelo? Como correspondemos?
Acho que sentimos que é difícil . Cheios de boa vontade , começamos com entusiasmo. Depois, as contrariedades, as vicissitudes, os esforços malogrados, as consolações não compreendidas... vão-nos desanimando e vamo-nos afastando, esquecidos do apelo: "Vem e segue-Me".
E Jesus não insiste, não se impõe; apenas convida, convida-nos a testemunhar a misericórdia de Deus
que nos oferece a Sua aliança de amor.
E este Amor, é muitas vezes a incógnita que nos paralisa. Que espera Deus de nós? O que implica ou o que vai alterar as nossas vidas, o nosso comodismo e os nossos hábitos?
Se pensarmos bem até nos podem parecer contraditórios alguns testemunhos do Amor de Jesus. Mas... Deus é Amor e esse Amor não é alguma coisa que apenas se deva guardar no coração para uso espiritual ou intelectual de cada um. O Amor é dom, é partilha, é compaixão, é confiança, é alegria.
E responder ao convite de Jesus é ser capaz de criar este clima de confiança e de partilha. É testemunhar, junto dos outros, o imenso dom que recebemos.
E temos que amar como Jesus nos amou. E temos que assumir que a medida com que Jesus nos amou tem que ser a nossa medida de amar.
E onde é que isso nos leva? O que implica isso de mudança nas nossas vidas?
É o momento de pararmos para reflectirmos. Será nessa compreensão e nessa aceitação que está a verdadeira vivência de resposta ao apelo de Jesus: "Vem e segue-Me!"
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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