Há duas semanas houve uma greve geral seguida de várias manifestações. Reacções dos tempos que correm...
Uma das manifestações, que se anunciara ordeira e sem grande barulho, terminava na Assembleia da República. Tudo bem! Tudo claro! Tudo autorizado!... Direitos dos cidadãos.
Simplesmente, nestas coisas, raramente se termina como se começou e aqui aconteceu o mesmo. Um grupo de jovens exaltados ultrapassou os limites, derrubou as barreiras, quis avançar não se sabe bem até onde.
Claro que a polícia não ficou quieta e, para proteger a Assembleia da República e os que lá estavam a trabalhar, " carregou" sobre os manifestantes. Houve gritos, reacções, feridos, presos. A CGTP distanciou-se dos acontecimentos e muita gente dispersou.
Tudo muito triste, como resposta a uma coisa que prometia ser apenas um protesto livre e ordeiro dos cidadãos.
Saídos os últimos manifestantes e acalmados os ânimos, parecia que tudo ia acabar com uma boa noite de sono e o regresso ao trabalho no dia seguinte.
Mas, é que há sempre um "depois" e aqui o "depois" foi a polémica em torno dumas fotos do acontecimento, feitas não se conhece por quem, cedidas não se sabe por quem nem a quem e que não foram emitidas na TV mas são conhecidas.
E logo " vem à baila " o direito dos jornalistas, as transgressões à liberdade de imprensa ou de televisão e não sei mais o quê.
Fala-se nos noticiários , ordena-se um inquérito interno , indicam-se possíveis cumplicidades e pronunciam-se os comentadores. E o que resta de tudo isto? E o que se encontra talvez por detrás?
E, no meio duma crise económica, social e religiosa que nos aflige, dum orçamento de Estado que vai inquietar e muito as famílias, eis que nos cai em cima uma polémica que mais parece uma "manobra de diversão".
Valha-nos Nossa Senhora!
Ir.Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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