Os textos da Missa de ontem falavam-nos da confiança, da certeza de que nada nos pode separar do amor de Deus. E ao mesmo tempo, da disponibilidade, da partilha, do esquecimento de nós para pensar nas dificuldades dos outros. Na 2ª leitura, S. Paulo fala-nos de algumas tentações e dificuldades que se nos podem apresentar para nos afastar de Jesus. Mas depois, faz-nos ver que nada disso é comprável ao amor de Deus, àquele que Ele tem por nós.
Depois, no Evangelho, é-nos apresentada a multidão dos que seguiram Jesus assim que souberam onde Ele estava. Seguiram-no sem levarem nada com eles, sem pensarem em acomodação ou farnel.
Não tinham outra preocupação que não fosse ouvir Jesus, apreender a Sua mensagem... E o tempo passava.
Os apóstolos então, aconselharam Jesus a mandar embora a multidão. Por caridade, certamente, para que pudessem ir à procura de alimentos. Eles não possuíam senão cinco pães e dois peixe; não os podiam ajudar. Mas aí, Jesus mostra-lhes como estavam enganados. Com o pouco que possuíam podia-se fazer muito, se estivessem abertos à dádiva, à confiança. "Dêem-lhes vocês mesmos...."
E os apóstolos não protestam, não interrogam. Limitam-se a distribuir o que têm. E dão de comer à multidão, mais de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
Estes textos são um apelo, que nos devem fazer reflectir. Porque temos pouco, não podemos repartir com os que não têm nada?
A viúva que deitou na caixa das esmolas apenas duas pequenas moedas deu tudo quanto tinha. E Jesus elogiou-a!.
Não serão estes os exemplos a seguir?
Bem podemos lembrar que "do pouco se faz muito" quando partilhado com generosidade.
E Deus espera a nossa confiança n`Ele e a nossa generosidader..
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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