
Mas Jesus não se aborrece nem se indigna. Limita-se a responder aos discípulos que a sua recompensa não será imediata . Tê-la-ão, sim, mas quando o seu reino for instituído.
Será que eles compreenderam esta resposta? Entenderam eles que só na eternidade receberiam a recompensa , depois de dores, sacrifícios, graças?
Ou, mais positivos e imediatos, pensavam que o reino do Mestre estava próximo e em breve teriam a sua recompensa por terem deixado família, casa, trabalho?
A compreensão só chegaria muito mais tarde , quando o Espírito Santo descesse, lhes abrisse o coração e lhes desse força para aceitar tudo o que o amor de Deus lhes pedisse.
Também nós muitas vezes temos a tentação de imitar os apóstolos e interpelar Jesus: Que receberemos em troca do sacrifício que fizemos, do bem que praticámos, da opção de vida que escolhemos? Quando teremos essa recompensa?
Mas também a nós Jesus nos poderá responder com a certeza duma recompensa na eternidade. E é isso que não nos satisfaz porque não sabemos compreender. É a pobreza de coração, a disponibilidade, a capacidade de doação, que nos torna aptos para a Vida do Reino dos céus. E esta é a recompensa que Jesus nos reserva.

" Será grande a vossa recompensa" é uma promessa que não deixará de se realizar na medida da nossa oferta, da abertura do nosso coração.
Deus não falha. Quem pode falhar somos nós se não olharmos para o futuro vivendo o presente.
O importante é acreditar no amor de Deus e procurar corresponder a ele.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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