segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Perguntas com respostas difíceis

Ontem era a festa da conversão de S.Paulo
Paulo de Tarso, um judeu influente e culto; um conhecedor das leis e um defensor dos princípios da sua religião; um opositor acérrimo do "novo mandamento do amor" que um desconhecido vinha pregar. Por isso, era capaz de perseguir,  mandar prender e mesmo matar em defesa das orientações em que acreditava e em que tinha sido formado. Era um judeu fiel à sua religião e defensor dos seus princípios.
Isto foi há 2.000 anos mas hoje também há gente assim : pessoas facciosas, ferranhas defensoras das suas leis, capazes de matar, em nome do seu Deus.
Mas Paulo, apesar de tão apegado como estava às suas convicções, não encontrou outra maneira de responder ao apelo de jesus senão seguindo-O.
"Saulo, Saulo, por que me persegues?" - diz-lhe Jesus no caminho de Damasco.
Para esta pergunta, apenas uma resposta silenciosa: seguir os homens que o conduzem. E segui-los com docilidade  mas com firmeza, na certeza.
E depois, foi toda uma vida de fidelidade, de entrega, de disponibilidade, para fazer a vontade d´Aquele que o interrogava ..." por que me persegues?"
Como Samuel, uma única resposta: "Eis-me aqui , Senhor, para fazer a Tua Vontade".
Podemos lembrar outro acontecimento que o Evangelho nos narra: o chamamento de Pedro e André, de Tiago e João. Igualmente eles responderam com o silêncio, limitando-se a deixar as redes, o barco e o pai e seguir Jesus.
No fundo do nosso coração também nós sentimos muitas vezes o apelo de Deus.
E qual é a nossa resposta? Um sim incondicional como S. Paulo e os Apóstolos ou um talvez cheio de reticências e dúvidas?!...
        Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

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