Estes últimos dias têm sido por demais traumáticos e inquietantes. Tudo resultante de cartoons publicados pelo jornal satírico francês, que levaram ao assassinato de doze cartoonistas e alguns polícias.
Simultaneamente, deu-se o massacre num supermercado judaico, também em Paris, de que resultaram cinco mortos.
A comunicação social reagiu, o governo francês insurgiu-se contra o assassinato bárbaro, os governantes de todo o mundo manifestaram a sua contestação, a população em geral marcou presença na marcha que se realizou em Paris.
Houve grandes concentrações em toda a Europa e reacções por toda a parte. Também em todos os lugares em que se juntam duas pessoas, se discute quem tem razão, quem não tem. E aqui, as opiniões divergem. Ao lado dos que ardentemente condenam o terrorismo e suas acções há os que chamam a atenção para a falta de respeito pelas convicções de cada um. Claro que ninguém concorda com o assassinato. É um crime e um crime horrível. Mas há quem levante questões relativamente às motivações.
Porque se põe em causa o respeito pela liberdade de uns mas se esquece o respeito devido às crenças dos outros; porque se fala em tolerância e verdade mas se esquece a palavra d´Aquele que afirmou "Eu sou a Verdade"; porque se defende a luta pela paz mas se olvida rapidamente que a paz depende de cada um de nós.
Talvez não tenhamos uma palavra a dizer, nos altos círculos da Sociedade e que contribua para a construção da paz no mundo. Mas de certeza que, cada um de nós, tem um papel a desempenhar, um contributo positivo a dar, uma acção a desenvolver, para estabelecer a paz "aqui e agora".
E não são precisos discursos nem "poder". Basta o nosso testemunho de compreensão e, por vezes, uma palavra de simpatia e solidariedade.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
Sempre bom de ler!
ResponderEliminarObrigada.
Bj