Há pouco, percorrendo o facebook, voltei a deparar com uma imagem que já me tinha chamado a atenção, a primeira vez que a vi.
Era a representação da " fuga para o Egipto" mas bem mais original do que esta com que ilustro o meu texto. É que era um burro muito grande comparativamente a Maria e José que são representados por imagens bem pequeninas. E então o Menino Jesus nem se fala . Era minúsculo.
À primeira vista e numa interpretação um pouco simplista e superficial, pode parecer uma representação sem sentido, contraditória mesmo. Mas para mim, não é.
As grandes figuras, as grandes personagens, não necessitam ter grandes representações. São grandes em si mesmas.
É o que acontece com Jesus , Maria e José. Eles são, por excelência. Não precisam de "tamanho" para testemunharem a sua grandeza.
Jesus, o filho de Deus, na simplicidade da sua humanidade, foi "imenso" na sua correspondência à vontade do Pai.
Maria e José, gente simples, iguais a outros da sua terra, dão-nos o imenso testemunho da sua fidelidade ao que Deus lhes pede.
Só o burro, coitado! é que precisa de ser valorizado na sua representação. Ele é simplesmente um "meio de transporte" muito embora vá levar para longe aquele Menino que Herodes quer matar antecipadamente.
Fico a olhar, mais uma vez, essa imagem e penso em quantas ocasiões, procuramos exactamente o contrário, quando afinal o importante é sermos grandes na nossa pequenez.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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