Quando esta manhã passava pelo pátio da magnólia, chamou-me a atenção a pergunta duma aluna: " Pai, e que recebo em troca?"
Não sei qual era o assunto nem qual a acção que, pelos vistos, merecia prémio, mas a pergunta fez-me lembrar uma questão semelhante posta pelos apóstolos a Jesus: " Senhor, qual é a nossa recompensa?"
E logo a seguir pensei que também nós, muitas vezes fazemos aos outros e a nós mesmos esta pergunta: Qual a nossa recompensa?
E não admira porque nos acostumaram, desde crianças, que o fazer ou não fazer alguma coisa tinha um prémio.E agora que "somos grandes" continuamos a agir como crianças e a esperar recompensas pelas nossas obras.
Como os Apóstolos fazemos esta mesma pergunta e, como eles, esquecemo-nos que a recompensa prometida não é imediata. Ela vai surgir, sim! Mas está inscrita no céu. Às vezes a recompensa exige esforço, renúncia, sacrifício, dor. Às vezes não é visível aos olhos; está inscrita no coração e pressupõe fé, confiança.
Há todo um caminho a percorrer, uma caminhada a fazer, um esforço a despender. Há momentos de dúvida a solucionar, há incertezas a resolver, há frustrações a ultrapassar.
Às vezes duvidamos da recompensa prometida e apetece-nos perguntar quando e como ela se vai concretizar. Momentos de falta de Fé?!...
É no céu que está a nossa recompensa, esse dom inexcedível que Jesus prometeu aos que O seguissem.
Ir. Meria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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