segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Silêncio de ouro

Andava à procura de inspiração, de qualquer coisa que me ajudasse a encontrar a Verdade dentro de mim, quando deparei com um texto duma pessoa amiga sobre o silêncio e a distracção. 
O comentário já não é novo, tem mesmo alguns anos mas pareceu-me tão actual como se tivesse sido escrito hoje. E até achei que me podia ser dirigido... Mas não só a mim... A todos aqueles que procuram encontrar Deus  no fundo do seu coração.
Baseava-se num texto dos Padres do Deserto  em que se dizia que " a distracção é o princípio de todos os males"
E, realmente, é tão fácil distrairmo-nos mesmo quando parece que temos todas as condições para que o silêncio nos rodeie e nos permita ouvir Deus!... É que o importante não é tanto o silêncio exterior , embora um ambiente de recolhimento ajude . O indispensável é o silêncio interior, a tranquilidade de espírito, a libertação de tudo o que nos preocupa e inquieta. E isso, não é fácil. Nada fácil...
Não é fácil fazer silêncio na nossa vida, abstraindo do nosso trabalho, das solicitações de toda a espécie, das inquietações, com ou sem motivo, e até do aborrecimento da desocupação.
Não é fácil " não nos deixarmos invadir pelas distracções que nos cercam por todo o lado e nos impedem o encontro silencioso e profundo com Deus".
E, no entanto, precisamos absolutamente desse encontro, dessa abertura da alma à presença de Deus.
Mas para isso , "necessitamos de disciplina, de ordem, duma alma sóbria, o que não se alcança sem a graça de Deus e sem o exercício quotidiano deste mesmo silêncio"
Que o Senhor, com a Sua presença nos ajude a fomentar, cada vez mais, este nosso desejo e necessidade.
                  Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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