É engraçado como a disposição das pessoas segue o paradigma do tempo: tão depressa está sol como se apresenta nublado; de repente chove "a cântaros" e a seguir um dia soalheiro; num instante a brisa suave se transforma numa ventania impetuosa.
Também nós, com a mesma facilidade com que sorrimos de felicidade, mostramos no momento seguinte um semblante carregado e tristonho.
E por quê? podemo-nos perguntar...
Qual a razão de não ser sempre a mesma a nossa disposição , dia-a-dia, momento a momento?
Talvez porque nos deixamos influenciar demasiado por tudo o que nos rodeia: as pessoas, as coisas, as opiniões, as circunstâncias...
Talvez porque temos dificuldade em entrar dentro de nós mesmos. Temos medo!? Medo de deparar com uma realidade que nos transcende e nos interpela. Medo de sermos humilhados face aos nossos desejos de grandeza e perfeição.
Talvez mudemos de disposição porque o nosso "centro de gravidade" não está conectado com o Pai que é sempre igual a si mesmo, sempre pai, porque sempre aberto às nossas dificuldades e necessidades.
Não é fácil cada dia , face a cada situação, ter sempre o mesmo sorriso e o mesmo sentimento de acção de graças Mas, quem alguma vez disse que era fácil? O que sempre se disse é que "um santo triste é um triste santo" e o convite à santidade é para todos e para cada um de nós.
Não queres tentar?
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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