Este ano têm sido espantosas as alterações climáticas mesmo aqui no nosso país.
Até as estações meteorológicas se sentem um pouco impotentes para definir o que se está a passar... Uns dias faz sol, logo a seguir chove; de manhã umas temperaturas mais ou menos amenas, ao anoitecer um frio intenso; em certas alturas uma brisa suave, noutras uma ventania de empurrar tudo e todos.
É espantoso como o tempo muda e bem de repente, sem "pedir licença" às estações do ano cientificamente instituídas.
"Mudam-se os tempos e mudam-se as vontades" como diz o poeta...
Mas podemos dizê-lo nós também que não somos poetas nem temos a sensibilidade deles. Mas, olhamos a Vida e constatamos o que nela acontece cada dia e, quase cada hora.
"Ontem" parecia que vivíamos num clima de paz e tranquilidade; "hoje" tudo mudou e o medo invade países e gela o coração de muita gente. "Ontem" parecia que tudo corria bem e havia abundância e bem estar; "hoje" é o flagelo da fome e do frio que assola certos meios e certas vidas.
E, com a mudança dos tempos, mudam-se as vontades, as opiniões, as certezas. Perdem-se valores, desmoronam-se convicções, diminuem a nossa Fé e a nossa Esperança.
" O mundo é feito de mudanças" e é bom que assim seja, desde que nos mantenhamos fiéis aos princípios que orientaram a nossa vida.
Aceitemos as mudanças que o mundo nos apresenta, que fazem parte do desafio que nos propõe, mas não deixemos que o Ser que existe em nós se desmorone como a arei da praia.
Não olhemos como naturais os conflitos que o não são nem permitamos que o Mal seja visto como Bem, nem as injustiças como consequências sem importância.
Procuremos que o "amanhã" seja a mudança que Deus espera.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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