Estou em Lisboa e, como de costume, fui participar na Eucaristia da minha Igreja de estimação - a Basílica da Estrela.
Desde pequena me habituei a esta igreja onde tudo me convida à reflexão, à calma, às lágrimas por vezes.
Entrei! O mesmo silêncio, o mesmo ambiente de interioridade, o mesmo convite à oração.
Ajoelhei-me para me preparar para a Eucaristia e lembrei-me das palavras duma pessoa amiga: "A Eucaristia é um mistério demasiado intenso para poder ser vivido de qualquer maneira."
Se já estava emocionada, pior fiquei. Como se consegue viver este Mistério grandioso que é Cristo presente connosco e por nós?
Tentei acompanhar cada gesto e cada palavra do sacerdote, muito sereno, muito compenetrado, muito cuidadoso com o mistério que celebrava.
De joelhos , durante a Consagração,olhei aquela hóstia que parecia sair dos dedos do celebrante e vir até nós. Esse pão que é Deus feito Homem, presente sobre o altar, para que O possamos receber.
"Senhor, eu não sou digna..."
E não sou, não somos. ..
Só Deus, na sua generosidade, pode vir até nós, apesar da nossa fraqueza e da nossa indignidade.
Ele, do fundo do seu amor, olha-nos e convida-nos para que nos abeiremos da Sua mesa e aceitemos o Seu dom.
Comovida, impressionada, sensibilizada, não encontrei palavras para dizer o meu obrigada e repetir o meu acto de adoração.
Há dias assim!..
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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