Cada vez me convenço mais que as amizades do tempo de estudante são verdadeiras, constantes, persistentes. Criam-se laços muito fortes que nada consegue quebrar: nem distâncias, afastamento ou modo de vida.
Passam dias, meses, talvez anos... Falamo-nos apenas de longe em longe.... Vemo-nos "quando Deus quer" mas, nada abala a estima que sentimos, os laços que nos unem. Sabemos que elas estão lá, firmes, disponíveis, prontas a acolher-nos. Temos a certeza que não fomos esquecidas. Tudo como nos anos distantes em que estudávamos juntas, discutíamos matérias, trocávamos apontamentos, naquelas salas inóspitas da velha faculdade.
Mal pensava eu, quando escrevi um texto sobre a Amizade, que ela vinha , fresca e verdadeira, ao meu encontro, como antigamente. Intuição ou saudades? Deus o sabe!
O facto é que me encontrei com duas amigas de sempre, dos tempos antigos, dos dias de hoje: uma ao telefone ( foram minutos sem fim...); outra em pessoa, numa conversa amena e cheia de recordações.
Que alegria! Que comoção!
Acho que só agora, algumas horas depois, sentada a escrever o que me vai na alma, me consciencializo da realidade do que costumo afirmar: Amizades verdadeiras não se esquecem nem se apagam. São! simplesmente.
Falámos como se tivéssemos estado juntas ontem; recordámos episódios passados; pessoas que conhecemos, que fizeram parte do nosso imaginário; rimos com nomes que não recordávamos... Enfim!...
Um sem número de "ontems " e de "hojes". E, porque nos conhecemos e somos amigas, não precisamos de explicações nem averiguações. Tudo simples. Tudo natural.
E, não terminou, porque o nosso adeus é simplesmente um até sempre, até à próxima.
E, junto do Pai ,não posso deixar de me ajoelhar e Lhe agradecer estas e outras Amizades que se têm vindo construindo ao longo dos tempos e que são um reflexo do Amor que Ele tem por cada um de nós.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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