quinta-feira, 16 de outubro de 2014

À conquista da paz

" Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz..."
Talvez seja altura de perguntar : e que paz é essa? Certamente não se trata apenas daquela paz que é antónimo de guerra, que significa ausência de luta, de armas, de mortes. Não é certamente só a paz que o dicionário descreve como tranquilidade pública, final de hostilidades.
E não foi de certeza por essa paz sem armas e ausência de sangue que foi distinguida uma jovem de dezassete anos com o Prémio Nobel da Paz.
A paz que merece cada ano tal distinção é antes uma luta, mas luta pela defesa de valores, de princípios , de direitos.
Malala Yousafzai tem dezassete anos, não usava armas mas lutava por um direito que ela considerava  de todas as jovens do seu sexo e da sua idade - o direito ao conhecimento, aos estudos, à aprendizagem.
Vive longe, num "país de direitos", onde pode realizar as suas aspirações mas continua a bater-se pelas jovens do seu país que não têm as mesmas possibilidades que ela, não podem, como ela, ter acesso ao conhecimento, não podem ir à escola, não podem aprender.
Mas a paz que Jesus nos deixou é ainda mais do que isso, porque é a Sua presença, a Sua graça, a Sua vida.A paz de Jesus Cristo, aquela que Ele veio trazer à terra , é a que emana do amor, da fraternidade, da doação. É a felicidade do Reino Messiânico, a paz de Cristo, a reconciliação com Deus e os Homens.
Paz, é um fruto do Espírito Santo que recebemos no Baptismo e confirmamos pelo sacramento do Crisma.
Paz, é um desejo do nosso coração pelo qual pedimos e lutamos, procurando a tranquilidade interior, a serenidade de espírito, a harmonia das coisas, a concórdia entre os homens.
Saibamos acolher a palavra de Jesus e realizá-la:
"Dou-vos a paz; deixo-vos a minha paz"
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

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