Sair de viagem com um grupo de alunos, sejam eles pequenos ou grandes, é sempre uma aventura.
Os mais novos porque requerem cuidados especiais: estar atentos a que não percam nada, preparar a refeição, ver se comeram, estar presentes ao deitar e ao levantar, fazer as mais insignificantes recomendações.
Com os mais velhos os problemas são outros: as saídas à noite, as trocas de números de telefone, a algazarra nos quartos... Mas é sempre bom e ganha-se mais do que se imagina.
Um ano resolvemos ir à Disneyland Paris com um grande grupo. Éramos oitenta ao todo embora dez ou doze fossem professores.
À ida é sempre a mesma coisa: encontro no aeroporto às sete da manhã, porque a partida é às nove. Mas porque a pontualidade não é o forte desta gente jovem ( e desconfio que nem dos pais...) sempre tem alguém que ficar à porta até ao último momento. Geralmente o sr. Eliseu, o nosso guia de sempre. Entretanto, grande excitação nos que já estão e ansiedade pelos que faltam. No fim, sempre estamos todos.
Depois, a viagem de avião é uma festa. Para muitos é o seu baptismo de voo. Até dá direito a ir ver dirigir o avião... Mas a chegada é o deslumbramento, o encontro com o sonho e a magia: Um hotel do Far west americano, empregados que parecem cow boys, decoração com cavalos, cordas e afins... E depois, um palácio de sonho e o contacto com as figuras dos filmes da Disney.
São dois dias e meio de experiências inesquecíveis. Não há cansaço que chegue nem aborrecimento que incomode.
Andam em tudo, assistem a todos os espectáculos, entram em todas as exposições, deliciam-se com a parada.
Habitualmente tudo corre bem.
Almoça-se no parque em qualquer restaurante temático e janta-se no hotel, um menu ao gosto de cada um.
O regresso, ao fim da tarde, é feito em camioneta que nos vai buscar ao hotel, a hora prèviamente combinada e nos deixa no aeroporto.
Só que desta vez, tivemos um pequeno, grande, percalço. Seis participantes, felizmente adultos, tinham partida de um outro local de embarque e, depois de nos deixar, o motorista recusou-se a conduzi-los, pois havia manifestações ou acidente ou não sei o quê.
E nós, calmamente na ignorância... Só soubemos no fim, quando eles chegaram meio-mortos, exaustos, ofegantes, angustiados. Tinham tido que vir a pé e até correram pela pista dos aviões, com as malas às costas. Mas, apanharam o avião.
São aventuras duma aventura que fica na lembrança e depois se conta com graça e emoção.
Tudo é bom quando acaba bem. E ir à Disney era uma aventura que se repetia todos os anos, com mais ou menos alunos, mais novos ou mais crescidos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
Tudo é bom quando acaba bem. E ir à Disney era uma aventura que se repetia todos os anos, com mais ou menos alunos, mais novos ou mais crescidos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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