sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Olhar a paz com os olhos das crianças

Todos nós queremos e suspiramos pela paz mas, ao ouvir os noticiários, ficamos em dúvida se estaremos a lutar pela paz. É que a toda a hora eles nos falam de guerra, de conflitos, de perseguições, de mortes.
É a Rússia e a Ucrânia, a Palestina e Israel, o Iraque e a Síria... Um conflito que pode não ficar confinado ao Médio Oriente, muito embora tentemos pensar que sim. É que a maioria das populações actuais não recordam o que aconteceu há 75 anos!
Depois, menos preocupante talvez mas igualmente inqualificável, gente que assalta, que ataca, que mata, numa febre de destruição, de revolta, de vandalismo.
E, como se tudo isso fosse pouco para encher noticiários, poucos são os dias em que não se fala de crianças que vão parar ao hospital ou que morreram devido a maus tratos.
E coisa espantosa! São os próprios pais ou os que estão no  lugar deles que assim procedem, descarregando sobre inocentes não sei se a fúria, se a frustração, se as incapacidades reconhecidas.
E esta situação que tem levado tantas crianças ao hospital e terminado com a vida de algumas, deve-se a quê?
À crise? A situações económicas adversas? Acho que não. Antes, penso estar aqui em causa problemas de alcool, de droga, uma educação deficiente, questões de realização pessoal, situações sentimentais e afectivas, que sei eu...
Mas perante estas crianças injustamente tratadas, não posso deixar de pensar naquele episódio do Evangelho em que crianças se tentavam aproximar de Jesus e que os apóstolos procuravam repelir. Qual foi a reacção de Jesus? Como repreendeu Ele os Apóstolos?
"Deixai vir a Mim as criancinhas..." 
Deixai-as vir, elas que  são simples, sinceras, inocentes. Deixai-as vir, elas que não têm maldade, que não conhecem o ódio, que são confiantes e crédulas.
E esta é também uma recomendação para os adultos , aqueles que querem a paz mas já perderam a Fé e a confiança. " Sede como crianças para poderes entrar no Reino dos céus e trabalhardes pela paz."
Cada passo que damos para nos tornarmos como crianças, é um passo que nos aproxima dos nossos grandes objectivos.
Ir. maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.


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