terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pasteur

Li ontem um artigo sobre Louis Pasteur que me deixou algo admirada. É que ali ele era apresentado apenas como um cientista francês conhecido sobretudo pelo seu interesse pela Química.
O artigo falava dos seus  estudos com o ácido tartárico, os quais lhe tinham  permitido descobrir o dimorfismo deste ácido. Igualmente indicava a  sua descoberta da polarização da luz o que lhe tinha valido a "Legion d´Honneur francesa. Era mesmo apresentado como professor de Química na Universidade de Strasbourg e em Paris.
Evidentemente que estas informações não eram novidade. São do conhecimento de qualquer pessoa que se interesse por Ciência O que me admirou foi outra coisa. É que,  para mim, Louis Pasteur esteve sempre ligado à Biologia. A ele se deve a descoberta da causa da raiva, que ataca  por exemplo os cães. E. mais importante ainda, a queda da abiogénese e a descoberta das bactérias e do processo da pasteurização.
Foi ele que afirmou que os micro-organismos não se reproduzem sem que haja um princípio exterior favorável ao seu desenvolvimento. E esta afirmação deitou por terra a ideia da geração expontânea de micro-organismos.
Foram também  os seus trabalhos com o microscópio que levaram ao estudo das doenças infecciosas e a afirmar-se que todas estas doenças são resultado de micro-organismos com grande capacidade de se reproduzirem. Daí, a necessidade de descobrir a causa da doença para se poder combatê-la. Assenta aqui a base do conhecimento e fabrico das vacinas .
A técnica da pasteurização foi utilizada depois em cirurgia para eliminar as infecções que ocorriam com frequência nestas situações. O seu precursor foi Joseph Lister mas depois estendeu-se, com sucesso a outros hospitais.
Hoje, quem não conhece as vacinas, não acredita no seu "poder" e não as utiliza?
Como podemos deixar de relacionar Pasteur com a Biologia?
                      Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.


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