sábado, 22 de fevereiro de 2014

De filósofa a Santa

"Quem procura a Verdade procura Deus ainda que não o saiba"
Foi esta frase assinada por Edith Stein, que li por acaso num velho marcador, que me fez recordar a história desta mulher. Foi filósofa, teóloga, religiosa carmelita descalça e mártir dos campos de concentração e extermínio nazi.
Na sua infância e juventude, na Alemanha, nada fazia prever o percurso que a caracterizou e conduziu aos altares. Nessa altura, dizia-se mesmo ateia e acompanhava a mãe à sinagoga apenas por delicadeza. Era judia por nascimento, nascida numa família judia, nos finais do sec. XIX.
Estudou filosofia na Universidade de Gotinga tendo como mestre E. Husserl.
Quando da 1ª guerra mundial, teve um primeiro apelo de interesse pelos que sofriam. Deixou os estudos e trabalhos na Universidade e ofereceu-se para ir ajudar num hospital de campanha.
Depois, voltou e, numas férias, tinha 30 anos, teve oportunidade de ler um livro que a impressionou. Era de Santa Teresa de Ávila. Ao lê-lo, sentiu o chamamento de Deus: "Esta é a Verdade " -disse. Mas a verdade tinha um nome - Jesus Cristo e foi Ele que a levou a converter-se e a estudar S. Tomás de Aquino. Dez anos mais tarde entrou na Ordem das Carmelitas Descalças onde tomou hábito e professou com o nome de Teresa Benedita da Cruz. 
Porque judia, foi perseguida,  maltratada e deportada para o campo de extermínio de Auschwitz.
A sua Fé e a sua forte formação deram-lhe a força de, mesmo ali, testemunhar o seu amor a Jesus Cristo.
João Paulo II canonizou-a e declarou-a, com Sta Brígida da Suécia e Sta Catarina de Sena co- padroeira da Europa.
Encontrou a Fé naquela noite, naquele livro porque soube ouvir o coração e acolher o dom e corresponder a ele.
Saibamos nós seguir este exemplo de amor de Deus.
                       Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


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