São duas mulheres, duas irmãs e o Evangelho apresenta-as com atitudes totalmente diferentes e que são motivo de interrogação para nós.
Marta, atarefada, dum lado para o outro, preparando a mesa e a casa para receber condignamente o seu amigo Jesus.
Maria, calmamente sentada falando, ouvindo,simplesmente.
Não acredito que ela não tenha colaborado nos preparativos... mas isso, ficou para trás e o Evangelho não o explicita. Ele conta simplesmente o presente e quer fazer-nos uma chamada de atenção.
Nós muitas vezes preocupamo-nos em receber bem os nossos amigos e conhecidos. Mas este "receber" fica geralmente no exterior, no acidental. Talvez como Marta que queria tudo perfeito... exteriormente. Não teve tempo de parar para sentir e ouvir o que faltava...
Quando fazemos assim, esquecemo-nos do resto, do interior, do que não se vê mas faz parte das necessidades de cada um: que acolhamos as suas preocupações, que oiçamos as suas dificuldades e dores, que partilhemos as suas alegrias. E, mais ainda, que estejamos abertos àquilo que eles têm para nos revelar. Maria estava atenta à Palavra que Jesus tinha para transmitir, e escutava-O, sentada aos seus pés. Abre-lhe o seu coração e ouve a mensagem, escuta a novidade que Ele tem para ela e para todos nós.
Estejamos atentos, aos pés de Jesus, independentemente do que há para fazer, do que parece importante, das "visitas" que estão para chegar.
É que Jesus tem sempre algo para nos dizer, algo para nos pedir.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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