O Evangelho de ontem trazia à luz da ribalta o problema do perdão: o perdão que se pede e o perdão que se dá.
Aqueles dois trabalhadores de que nos fala o texto sabiam pedir perdão mas o inverso não era tão verdadeiro. Aquele que mais tinha sido perdoado não foi capaz de agir em conformidade com o perdão recebido. Às vezes é difícil pedir perdão. Mas, não é tantas vezes mais difícil perdoar e perdoar realmente?
É que perdoar não é simplesmente dizer que sim, que se perdoa. É necessário todo um trabalho interior de disponibilização do nosso coração para dar, acolher, mudar.
Perdoar tem que utilizar aquela componente de dádiva de que o proprietário se serviu quando perdoou a dívida, aceitando não receber o dinheiro em falta.
Perdoar é abrir o nosso coração e acolher o outro , como ele é, aceitando a ofensa que ele nos fez, passando por cima do aborrecimento, da contrariedade que ele nos causou.
Perdoar é começar um caminho novo em que deixámos para trás todas as coisas, injustiças e ofensas com que nos magoaram.
É muito mais simples pedir perdão, dizer aquela palavra, às vezes também difícil, mas que pode ser somente "palavra".
Não esqueçamos que é preciso seguir Jesus que está sempre pronto para nos perdoar.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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