Era dia de Nossa Senhora, um dia de festa. Por isso, resolvemos ir almoçar fora. Fomos a um sítio típico, um restaurante de caldo verde e pão com chouriço. Não sei se seria o mais próprio, para dia de festa, mas calhou e fomos.
Enquanto esperava na fila, enquanto não chegava a minha vez, fui observando as pessoas que me rodeavam: Jovens acabados de chegar da praia e ainda molhados; famílias com crianças, um olho no serviço e outro nos filhos; senhoras idosas, solitárias, que aproveitavam o almoço para tentar conviver...
E depois, enquanto uns esperam na fila, outros, realizam um jogo secreto de conseguir uma mesa livre.
Finalmente, chegou a altura de me entregarem o tabuleiro com o caldo verde, o pão com chouriço, uma bebida, o arroz doce e o café. Almoço completo.
Sentámo-nos numa mesa conseguida previamente. Em volta, havia quem estivesse deliciado, quem franzisse o nariz, quem simplesmente matasse a fome.
Não tínhamos pressa. Comemos calmamente, conversando, trocando impressões, fazendo comentários Depois, saímos com a certeza que este almoço não era para repetir Nada adequado a um dia de Verão na praia. Ainda tivemos que dar uma grande volta , debaixo dum sol bem quente, para tentar fazer a digestão.
Enfim! Experiências de quem se deixou influenciar por aquela multidão que, todos os dias faz fila para conseguir o seu caldo verde e o pão com chouriço.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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