segunda-feira, 7 de julho de 2014

O nascer e a morte dos "impérios"

Hoje, enquanto me arranjava para sair, ouvia na rádio música portuguesa. Temas comuns por demais conhecidos, uns mais modernos do que outros. Dava pouca atenção às letras. Seguia mais a música que me acompanhava no que ia fazendo. 
Mas de repente, um clic que me fez parar. Era aquela música do Vitorino ,bem conhecida e cheia de significado "A queda do Império ".
Fala, claro! do império colonial, aquele que tivemos e perdemos ou demos... E  por quê? Porque não era nosso , tinha sido conquistado, talvez injustamente , e depois colonizado e desenvolvido "à nossa maneira", sem o devido respeito pelas populações locais.
"Novos ventos", novas ideias, novas aspirações, mudaram o rumo da vida e lá se foi o Império. " A César o que é de César" ?
Continuando a ouvir a música, vieram-me à ideia outros "impérios" que também se foram desmoronando ou que estão sendo lapidados e oferecidos. Impérios familiares, conseguidos com trabalho e esforço que uma qualquer sede de diferença reduz a cinzas.
Impérios regionais, construídos pela persistência de alguns e que o desejo de liberdade de outros vai fazendo reduzir e eliminar.
Impérios, maiores ou menores... olhamo-los e perguntamo-nos como se formaram e porque se desmoronaram.
Os "impérios reais" são ganhos e perdidos, conquistados e oferecidos.
Os "impérios plebeus"  são também ganhos e perdidos. As motivações é que são bem diferentes. A ambição ou o desprendimento, a luta ou a desilusão levam a resultados que entusiasmam uns e entristecem outros.
Mas todos nós construímos impérios no nosso coração, no nosso espírito. São impérios de ideias, de desejos, de projectos.
Uns são melhores; outros menos bons.
Analisemo-los. Escolhamos os que correspondem ao plano da nossa vida e não os deixemos desmoronar. Peçamos apoio, ajuda, colaboração... Confiemos n´Aquele que tudo pode.
A queda do Império... foi um facto. A queda de outros impérios podem também ser factos que magoam e fazem sofrer, se não estivermos atentos aos perigos que os assolam.
                 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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