terça-feira, 8 de julho de 2014

Encontros e desencontros

As minhas idas a Lisboa são sempre pródigas em acontecimentos. Há sempre uma história para contar: mais alegre ou mais preocupante, mais animada ou mais séria. Geralmente são encontros com sentidos distintos, testemunhos de conhecidos ou desconhecidos, que sei eu!  Gente que me encontra na rua e me faz pedidos ou confidências... gente que me bate à porta para me pedir ajuda...Um mundo de coisas que acontecem numa cidade que é a minha - Lisboa. Acontecem e deixam sempre lições para aprender , ensinamentos a facultar.
Encontros!... Mas desta vez não foi um encontro. Antes um desencontro.
Tinha combinado ir almoçar com uma amiga com quem não estava há tempos. Mas, tive uma manhã agitada e cheguei já tarde a casa e sem saber bem o que, afinal, tinha ficado combinado. Era eu ou ela quem telefonava?
E o almoço, era onde? Na casa dela não era de certeza e na minha impensável...
Esperei um quarto de hora e o telefone mudo. 
Impaciente com as horas e com a incerteza liguei eu. Mas, nada! ... apenas o tocar insistente do telemóvel, este instrumento indispensável nos nossos dias nas muitas vezes inoperante, como nessa altura.
Como não conseguia falar concluí que ela já teria saído de casa, que o almoço era no sítio do costume e que quem estava atrasada era eu, coisa que detesto! Portanto, sem mais delongas, pus-me a caminho para o restaurante habitual.
Cheguei e sentei-me, mais uma vez à espera. Quase me convenci que afinal tinha era ido ao hospital. Lá é que são habituais estas esperas sucessivas.
No meio destes meus pensamentos críticos, toca o telefone e uma voz algo irritada::
- Afinal, onde é que tu estás?
- Eu?... Aqui, onde é costume...
- Mas o almoço não era na tua casa?
- Oh! menina... mas desde quando cozinho e preparo almoços em casa?
- Então era o encontro que era aqui? Estou à porta de tua casa...
- Bom! Mas afinal vens cá ter ou vou ter que ir aí buscar-te?

Finalmente, com duas horas de atraso, conseguimos encontrarmo-nos e almoçar.
E que almoço divertido! Mil histórias a contar, mil aventuras a partilhar...
O desencontro fora esquecido e ficara apenas a alegria da partilha entre velhas amigas.
                     Ir. Maria Teresa de carvalho Ribeiro,O.P.

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