quarta-feira, 6 de maio de 2015

Trânsito

Ontem foi o Dia Nacional do trânsito.

Enquanto me deslocava até Lisboa, ao sabor do pára - arranca do IC19, não pude deixar de pensar que, realmente há "dias nacionais" com grande originalidade. Este é um deles.
O que se pretende celebrar afinal? É o muito trânsito, a falta dele ou um processo civilizado de deslocação?
Se é o muito trânsito, o IC19 ou a ponte 25 de Abril, em "horas de ponta" ganham a medalha de ouro.
Se, pelo contrário, é a ausência de trânsito, então é porque, certamente, se procura chamar a atenção para algum acidente ou ameaça de bomba, como aconteceu ontem.
E isto porque, celebrar uma condução tranquila e civilizada , só por brincadeira.
Claro que se compararmos com o que eu vi em Roma há uns anos, em que "valia tudo" em termos de condução, podemo-nos considerar óptimos. Mas, a verdade, é que as estatísticas de acidentes de viação continuam a ser aterradoras e dão-nos razão para perguntar qual a consciência dos nossos automobilistas . E pior, qual o amor à vida, deles e dos outros.
Aqui há anos, lembro-me... em Sintra celebrou-se o Dia Nacional sem carros. Durante 24 horas nenhum veículo, excepto em situações de emergência, se podia deslocar na vila.
E foi uma euforia e um divertimento. Tudo a pé, passeando, fazendo peddy-papers, visitando locais onde nunca se tinha ido. Nós também participámos com as alunas do Colégio.
Acho que foi uma aprendizagem mas... "sol de pouca dura".
Não teve consequências práticas e mesmo já quase ninguém se lembra desse "grande"dia.
Que pena! É assim a memória dos homens...
 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

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