domingo, 21 de dezembro de 2014

Macau - o ontem e o hoje

Ontem foram celebrados, em Macau, os 15 anos da transferência da administração do território para a China. Foi a 20 de Dezembro de 1999. Um dia como o de ontem.
Lembro-me bem da impressão que me fez o descer da bandeira portuguesa que o último governador português de Macau - Rocha Vieira - dobrou, encostou ao coração e entregou.
Depois, com a bandeira chinesa já subida,  a saída dos convidados, ao som da música bem portuguesa "A canção do Mar".
Eram vésperas de Natal e estas festividades nunca mais seriam vividas da mesma maneira pelo povo daquele pequeno território que, depois de mais de quatro séculos de história, deixara de ser português.
Ontem, vi um documentário na RTP, tentando mostrar o que mudou em Macau nestes 15 anos.
Claro que continua a haver núcleos de portugueses ; gente que fala a nossa língua, que canta o fado, que serve comida portuguesa... Mas, a maioria da população o que conhece como língua é o macaense ou o inglês; o que come, são produtos típicos da região e o que ouve é aquela música dolente que nada tem que ver connosco.
Mas em contrapartida, subiu imenso o número de turistas. Muito movidos pela curiosidade, os monumentos, o resto da influência portuguesa, mas também pela atracção que o jogo exerce.
É que a liberalização dos casinos é uma esperança de riqueza para muitos audaciosos que sonham com dinheiro fácil. E, para o bem e para o mal, Macau tem meios que põe à disposição de quem quer arriscar.
Tudo muda.
Mas lá como cá, continua-se à espera da chegada de Jesus, o Menino  Deus que, por Amor, se entregou para salvação dos Homens.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


Sem comentários:

Enviar um comentário