Voz... som... palavras... canto... louvor... Tanta coisa que nos vem à memória quando pensamos neste dom que nos foi dado para podermos comunicar, para entrarmos em contacto com os outros, para nos dirigirmos a Deus sem ser só em espírito.
E, ao falarmos em voz, em som, vem-nos imediatamente à memória o seu antagonismo - o silêncio.
O grande silêncio aquando da morte de Jesus, o silêncio da natureza quando tudo se cala e o mundo parece parar, o silêncio que, às vezes, somos capazes de criar em redor de nós, o silêncio de Deus. E este, é para nós, desconcertante, incompreensível, indecifrável.
E, por falar em silêncio de Deus, lembro-me duma conversa que tive há pouco tempo e que incluía um outro homem citado no Evangelho : Lázaro.
Lázaro era amigo de Jesus, irmão de Marta e de Maria, aquela família em casa de quem o Mestre ficava muitas vezes...
Mas Lázaro morreu. Vieram dar a notícia a Jesus mas Ele não se apressou em ir ao encontro da família, não se mostrou abalado com a dor que eles certamente sentiam. Ficou ainda dois dias no lugar onde estava e, não disse nada. Silêncio!...
Podemo-nos perguntar porquê, qual o motivo deste silêncio e desta espera.
Afinal, Jesus foi lá e ressuscitou Lázaro...
Talvez quisesse experimentar a Fé das duas irmãs, dos discípulos, de quantos O seguiam... Talvez nos quisesse dizer que a resposta geralmente não é imediata, pode chegar tarde ou não chegar. Talvez pretendesse ensinar-nos que a oração tem um lugar privilegiado na hierarquia dos valores... Talvez procurasse fazer-nos sentir que devemos entrar em relação com Aquele que permanece invisível... Talvez...
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
Lázaro era amigo de Jesus, irmão de Marta e de Maria, aquela família em casa de quem o Mestre ficava muitas vezes...
Mas Lázaro morreu. Vieram dar a notícia a Jesus mas Ele não se apressou em ir ao encontro da família, não se mostrou abalado com a dor que eles certamente sentiam. Ficou ainda dois dias no lugar onde estava e, não disse nada. Silêncio!...
Podemo-nos perguntar porquê, qual o motivo deste silêncio e desta espera.
Afinal, Jesus foi lá e ressuscitou Lázaro...
Talvez quisesse experimentar a Fé das duas irmãs, dos discípulos, de quantos O seguiam... Talvez nos quisesse dizer que a resposta geralmente não é imediata, pode chegar tarde ou não chegar. Talvez pretendesse ensinar-nos que a oração tem um lugar privilegiado na hierarquia dos valores... Talvez procurasse fazer-nos sentir que devemos entrar em relação com Aquele que permanece invisível... Talvez...
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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