Nos anos 80 do século passado havia uma canção muito frequente nos encontros religiosos cujo refrão dizia assim:
Muitos são os convidados
Quase ninguém tem tempo
Se ouvires a voz do vento
Querendo-te enganar
A decisão é tua
Estes versos remetem-nos, talvez, para a conversa de Jesus com o jovem rico: "vende o que tens... e segue-me"; faz-nos pensar nas palavras do Evangelho: "muitos são os chamados e poucos os escolhidos"; ou no convite do Mestre a Zaqueu: " desce da árvore que quero jantar em tua casa"...
A todos foi dirigido o convite. A resposta é que dependeu da vontade, do discernimento, da luz de cada um deles.
A todos nós, baptizados ou não, é dirigido o convite de seguir o Senhor: "muitos são os chamados..." Por quê "poucos os escolhidos"? Será que, "quase ninguém tem tempo" para pensar no convite que lhe é feito? Ou é o vento que nos engana?... Jesus a excluir alguns é que não é de certeza...
Talvez, como o jovem rico, tenhamos demasiados bens a que estamos apegados... Bens, que podem não ser os económicos. Antes, egoísmo, orgulho, vaidade, que sei eu... E esses, não nos deixam ver a luz, aquela que levou Zaqueu a descer da árvore, ir preparar o jantar e mudar de vida.
Não "ouçamos a voz do vento querendo-nos enganar". Pensemos que a vida depende dos sins e dos nãos que somos chamados a dizer.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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