terça-feira, 7 de junho de 2016

Espantos e esperanças

Esta manhã abri a Bíblia e mesmo sem saber a razão dei comigo a ler o Apocalipse. Este é um livro intrigante e algo assustador mesmo, se não o pudermos interpretar. São demasiadas tragédias para um livro só!...
Muita gente vê aquelas profecias como acontecimentos que ainda se vão dar num futuro mais ou menos próximo. Há mesmo quem arrisque pronunciar-se sobre uma data. Não é verdade que o "fim do mundo" esteve anunciado para o ano 2000? Já lá vão 16 anos...
Não é certo que alguns relacionam tsunamis, tremores de terra, atentados, etc. com profecias descritas no Apocalipse?
Mas, alguns exegetas, estudiosos conscientes, declaram que o livro profético de João  se destinava às gentes daquele tempo e que as profecias nele descritas eram o anúncio de acontecimentos que se verificaram, como a queda do Império romano ou o incêndio de Roma.
Podemos então perguntar  qual a razão de se assustarem aqueles povos, já com tanto medo e perseguidos, com histórias tão aterradoras.
Talvez porque, simultaneamente, elas dão uma lição de confiança e tentam espalhar a esperança de um "novo mundo" que vai surgir. Estas profecias são a promessa de que as dores vão acabar e são o prenúncio duma Igreja que vai nascer e dum povo - os cristãos - que vai florir.
O Apocalipse pode ser um livro de profecias aterradoras mas também deve ser um testemunho de esperança. Procuremos nele a Palavra de Jesus Cristo e a promessa da Sua vinda e presença.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


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