Mais uma vez ,neste dia, recordo uma composição que a professora de Português do meu 5º ano (actual 9º) nos mandou fazer por esta ocasião.
O título é sugestivo, visto assim agora à distância, mas complexo e algo impressionante para aquelas idades:
" Os mortos passam depressa"
Claro que a maioria dos meus colegas negou tal afirmação, sobretudo baseados nos grandes nomes da História, da Ciência ou das Artes e que faziam parte do seu imaginário. Alguns, atestaram a recordação, que não passava, de alguns entes queridos que não conseguiam esquecer.
Eu, acho que elaborei teses a favor e contra tal afirmação. Mas, reflectindo agora nesta frase chocante na altura, tenho que concordar que tem algo de verdadeiro. Mesmo os entes que nos são queridos e nos deixaram, lembramo-los, é certo. Mas, por quanto tempo? Quais as gerações vindouras que os invocam como nós os recordamos? O que significam eles para aqueles que nos vão suceder ao longo dos tempos?
Mesmo nomes famosos, que marcaram a sua época e ficaram escritos nos tempos, vão perdendo luminosidade e, para muitos, não vão passar disso, de nomes.
"Os mortos passam depressa"... Mas, talvez por isso mesmo, não deixemos de celebrar aqueles que nos são queridos e não deixemos de os ter presente junto de Deus, seu e nosso Pai.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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