Ontem, dia em que estávamos convocados para viver um dia de oração pela paz e em que a Igreja fazia memória dos Mártires da Coreia, lembrei uma frase que ouvi há tempos: "Temos que nos preparar para ser mártires..."
Claro que quando ouvimos uma coisa destas pensamos logo nos mártires dos primeiros séculos do cristianismo, cristãos devorados pelas feras, martirizados no coliseu de Roma.
Depois, andamos mais uns séculos e pensamos no Japão, na Coreia, no Wietnam, nas centenas de cristãos que perecem às mãos daqueles que não querem ouvir falar de Jesus Cristo.
E, nos dias de hoje, há que lembrar as vítimas dos radicalismos, na Síria ou no Líbano, por exemplo.
Mártires... deram a sua vida porque acreditavam em Jesus Cristo, porque eram fiéis à Verdade, porque não aceitaram renegar a sua Fé.
Mas se olharmos à nossa volta, no nosso mundo "civilizado e livre" , quantos martírios não constatamos... a fome,o desemprego, os maus tratos, as deportações, as pressões sobre trabalhadores, os raptos e... a falta de amor dentro das famílias. Afinal, há muita gente que sofre, silenciosamente, uma ou outra forma de martírio. Talvez sem sangue, sem aparato, sem notícia na comunicação social mas, com a mesma dor, a mesma angústia, o mesmo caminho do calvário.
Olhemos o crucificado que foi o primeiro, mesmo antes de dar a vida na cruz, a sofrer... a incompreensão dos homens, o afastamento dos amigos, o abandono dos apóstolos...
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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