Maria, sentada aos seus pés, escuta-O.
Marta, afadigada, prepara todas as coisas para acolher bem o Mestre. Prepara com amor, com zelo, e queixa-se porque a irmã a deixou sozinha a trabalhar. Queixa-se e espera que o Senhor diga uma palavra em seu favor, qualquer coisa que demova a irmã da sua aparente inércia.
Mas não. O que Ele afirma é que "Maria escolheu a melhor parte"
E esta afirmação pode.nos deixar um pouco confusos.
Então o trabalho não é também meritório, não o podemos considerar oração, se feito por dever, por amor, por correspondência ao apelo de Deus?
Marta não estava a trabalhar para que o acolhimento a Jesus fosse perfeito?
É verdade tudo isso. Mas é também verdade que o trabalho não pode ocupar nas nossas vidas o lugar da contemplação, daqueles momentos em que, como Maria, nos sentamos a ouvir o mestre.
É que Ele tem sempre algo para nos dizer, algo para aliviar as nossas almas, para fortalecer os nossos corações. Nós é que nem sempre estamos em condições de O ouvir...
Mas façamos um propósito, neste domingo em que o Evangelho nos fala de Maria e da sua escolha: sem descurar o dever saibamos "escolher a melhor parte".
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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