quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Ser Único e Solidário

Estou a tentar associar duas ideias que parecem contraditórias mas não são.
Por um lado, "ninguém é uma ilha" . Por outro, cada um de nós é "Único".
Realmente, cada um de nós, cada indivíduo é diferente de outro, por mais semelhante que seja, diferente no seu ser,nas suas qualidades, na sua identidade. Tão diferente que o nosso ADN não se encontra noutra pessoa, em qualquer outro indivíduo... Por isso, ele nos identifica e através dele se podem reconhecer pessoas, mesmo depois de muito tempo e em condições adversas.
Mas ser "Único" não é sinónimo de individualismo, de egoismo, de nos pensarmos como o "centro do universo". Aliás porque... embora diferentes todos dependemos uns dos outros.
Por mais completos que sejamos, por mais independentes que nos tenhamos tornado, sempre dependemos do ser e do saber de outros.
Até a nossa existência dependeu do querer e do fazer dos nossos pais...
E depois, porque somos "Únicos", quando não realizamos a missão que Deus espera de nós, quem a vai fazer por nós? 
Na cadeia da solidariedade, quando não ocupamos o nosso lugar, fica um espaço vazio que ninguém mais pode ocupar. E neste esquema de inter-acção e dependência, ninguém pode ficar de fora. O nosso lugar não é ocupado por ninguém. 
Pensemos nisso e sejamos nós mesmos, "Únicos", mas... solidários.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.



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