Quando lemos, no Evangelho, a história do servo que foi perdoado e não soube perdoar, há qualquer coisa que nos toca cá dentro, no coração e no cérebro. Algo que nos obriga a pensar.
Aquele homem não entendeu o que representava aquele perdão que lhe era concedido, gratuitamente, o que significava a condescendência que o senhor estava a ter para com ele. O servo apenas viu a dívida que não era preciso pagar, a família que não ia ser castigada, a prisão que não tinha que sofrer. O imediato.
Certamente ele não tinha a Fé , o discernimento, a confiança do centurião romano que acreditou que, para curar o seu criado, Jesus não precisava sequer de ir a sua casa. Bastava uma palavra. Afinal, a mesma palavra que Ele dirigiu ao devedor quando lhe disse que lhe perdoava as dívidas. Sempre a misericórdia feita dom.
E nós? Quando falhamos e pedimos perdão compreendemos a extensão, a misericórdia, o Amor, que esse perdão, pedido e concedido, significa? E o nosso pedido de perdão penetra na dimensão da misericórdia que imploramoa? É que é necessário que ele transborde para a nossa compreensão dos outros, para o nosso acolhimento deles, para "fazermos aos outros,aquilo que desejamos que nos façam"
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