Esta frase do Pai Nosso martelou-me na cabeça durante este fim-de-semana, dias em que se fazia o peditório para o Banco alimentar.
Centenas de voluntários , espalhados pelos centros comerciais, convidavam os que iam fazer compras a partilhar com os que têm necessidades. E uns davam o que lhes sobrava; outros, o que lhes faria falta; outros ainda, passavam sem olhar.
Não pude deixar de pensar no óbolo da viúva que deitou duas pequenas moedas... tudo quanto tinha. E, por contraste, recordei o jovem rico que se afastou de Jesus com tristeza porque não foi capaz de partilhar os seus bens.
Mas podemos pensar noutros exemplos positivos como o de Zaqueu. Ele apenas queria ver Jesus... Mas, depois de O ver, mudou tudo na sua vida. Restituiu o que tinha tirado aos que havia enganado e deu metade dos seus bens aos pobres.
Foram temas para este fim de semana mas podem, de alguma maneira, preparar a nossa caminhada até à gruta de Belém.
Ao longo destas quatro semanas vamo-nos despindo dos bens que nos atrapalham; vamos restituindo aos outros aquela alegria , aquela confiança que talvez lhes tenhamos tirado; vamos partilhando o que temos em excesso ou mesmo o pouco que possuímos.
De alma renovada e coração mais livre estaremos em condições de percorrer o caminho que nos leva até ao Natal e responder ao Amor do Menino que nos espera no presépio.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.