sábado, 11 de julho de 2015

Interpretações

Acabei de reler um excerto do  Evangelho de S. Mateus. No capítulo 8 ele apresenta-nos uma situação algo insólita, estranha e talvez perturbadora.
É a história dos endemoninhados, da vara de porcos e da população que vem pedir a Jesus para se afastar.
Os espíritos pedem ao mestre para irem habitar os porcos. Estes ficam excitados, correm pela colina abaixo e vão-se afogar no mar. E isto, sob o olhar impassível? de Jesus.
Os pastores assombrados vão contar o que se passou e a população vem pedir a Jesus que se afaste.
Podemo-nos perguntar o significado de tudo isto. E abstraindo  dos pormenores dos espíritos e dos porcos, fica-nos a situação que traduz afinal o quê? Nem mais nem menos do que a explicitação da liberdade que Deus dá ao Homem de escolher o caminho certo ou a vereda errada. A escolha é nossa. As consequências são o resultado da opção feita.
E a vinda da população pedindo o afastamento de Jesus?
Não é o que tantas vezes nós fazemos quando não queremos que Ele nos fale , nos solicite para uma realidade que não queremos ver?
Simplesmente os homens não são animais e, muito embora possuindo a possibilidade de escolha , têm também a capacidade de verificar que se enganaram  e arrepiar caminho.
E, no fim do caminho de regresso à "casa do Pai " lá está Ele esperando a chegada do filho pródigo,
 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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